domingo, 8 de janeiro de 2012

A Espera De Um Milagre

* Meio-anjo, meio-demônio: O que foi, humano... Por que não está mais tão cheio de si como antes?
* Jabez: ♪ Para ti não devo satisfação qualquer, a partir de agora, gritarás como quando está a parir, uma mulher! ♪
* Meio-anjo, meio-demônio: Pode vir, humano...

Jabez empunha novamente sua espada, e agora, a pé, avança sobre o inimigo. Jabez usa um dos poderes da sua pele psiônica, e parece ganhar a força de mil hidras. Ele brande a espada sobre sua cabeça, para depois atacar. O brilho emanado da espada cega momentaneamente o demônio, que é acertado em seguida pela mesma. Porém, o corte se regenera, enquanto a força de Jabez parece diminuir. O demônio, então, expande os seus músculos instantaneamente, para logo após golpear Jabez com um certeiro soco de esquerda. Jabez é arremessado pela potência do golpe, caindo em uma fenda do Abismo.

* Jabez: ♪ Este ser a meus poderes está a roubar, uma tática astuta terei que criar, se a ele quiser derrotar... ♪

O demônio já estava indo embora, quando Jabez retorna da fenda.

* Meio-anjo, meio-demônio: Ainda quer mais?
* Jabez: ♪ Criança tola, estás a me subestimar? Não se engane bobinho, estou apenas a me esquentar... ♪





Hallherrin e Elenor caminham de volta para onde estavam Eldred e Saiyd. É impossível não ouvir os gritos de agonia e desespero das almas do inferno. Eles passam por uma espécie de jaula durante o percurso, que não estava ali, ou não haviam notado até então... Hallherrin e Elenor param para ver o que era. Gigantescas figuras que pareciam ser feitas de pedra, com aproximadamente quatro metros de altura, estão dentro da jaula. Elas formam uma espécie de círculo, se encarando. Uma delas, tem um tom escurecido em vermelho com laranja. Outra, é acinzentada, com veia salientes em um tom pálido de azul. A terceira, é de tom marrom com doentias manchas esverdeadas. Por último, uma delas é azul marinho, com veias brancas como o diamante. Elenor se aproxima para ver um pouco mais de perto, é quando as estátuas parecem ganhar vida. Elas parecem estar enfurecidas, debatendo-se dentro da jaula.

* Elenor: Mais o que diabos é isso?
* Morpheu: São os Brutamontes de Zoretha.
* Elenor: Senhor Morpheu! Caramba, me desculpe por tê-lo esquecido naquele lugar, estava com a cabeça a mil...
* Morpheu: Não precisa se preocupar, a maioria dos errantes daqui temem chegar perto de mim...

A jaula explode, e as quatro estátuas saem furiosas dali.

* Morpheu: Temos que detê-las. Elas têm um motivo para estarem presas...
* Elenor: Elas?
* Hallherrin: Ae, até que enfim diversão pro anão nesse inferno de merda... Chupa!

Hallherrin faz sua espada dobrar de tamanho, para depois acertar a estátua vermelha. A espada mal causa dano. Ao invés disso, a superfície da estátua parece virar lava, tentando engolir a espada.

* Hallherrin: Perae bunitona, num é assim não...

Hallherrin puxa para si a espada, para evitar danos a ela. A estátua vermelha une as duas mãos em forma de cunha, coloca-as para trás pra depois posiciona-las para frente, como se empurrasse algo. Delas, uma rajada de lava é expelida. Hallherrin, porém, consegue se esquivar.

* Hallherrin: Porra é essa...

Elenor e Morpheu, que até agora só estavam observando, tentam arrumar uma maneira de ajudar Hallherrin a combater o quarteto.

* Elenor: São elementais... Nossa música pode cuidar deles facilmente não, senhor Morpheu?
* Morpheu: Só nossa música elemental não basta. Elas são maldade antiga...
* Elenor: Mais uma vez, o senhor chama de "elas", por acaso essas criaturas tem gênero?
* Morpheu: Sim. Essas são as fêmeas Brutamontes. Elas geralmente hibernam por séculos, para depois acordarem com essa irritação destrutiva que você vê agora.

A estátua azul marinho faz um movimento parecido com o da estátua vermelha, e dessa vez, uma rajada de raios é disparada contra Hallherrin.

Hallherrin: Vocês vão fazer alguma coisa ou vão ficar namorando ae?





Saiyd aproxima-se de Eldred. Colocando ambas as mãos sobre o peito do druida, o clérigo de Azgher tenta reanimar o companheiro. Após uns instantes, Eldred desperta.

* Eldred: Wolf, onde está o Wolf?

Saiyd aponta na direção do lobo, que estava caído ali próximo. Eldred vai até seu antigo companheiro animal, e abaixa-se para ver como ele está.

* Eldred: Ele ainda está vivo... Muito perto de morrer, mas ainda está vivo... Eu falhei...
* Saiyd: Deixe-me mostra-lo novamente o caminho do bem...

Saiyd aproxima-se então, do corpo inerte do lobo. Estende a mão sobre a cabeça do lobo, fecha os olhos e se concentra.

* Saiyd: Visão do Paraíso!

Ao conjurar a magia, o símbolo no braço de Saiyd brilha intensamente mais uma vez. Saiyd grita numa dor insuportável. Enquanto isso, o corpo de Wolf começa a brilhar. Os chifres em sua cabeça começam a desaparecer, e sua cauda, antes igual as dos demônios, começa a voltar a parecer com as de um lobo normal. O brilho se intensifica, impossibilitando por um instante de se enxergar qualquer coisa. Após a iluminação voltar ao normal, apenas Eldred e Wolf estão ali.

* Eldred: Mas o que foi isso?





Saiyd está em um lugar onde só a luz existe. Luz que ele percebe depois vir do grande sol em que ele parece caminhar. O sol parece brilhar ainda mais, até que Saiyd percebe que, a sua frente, uma figura de menor porte acaba de aparecer.

* Saiyd: Mas é... Nagaika!





PRÓXIMO CAPÍTULO: QUARTETO FANTÁSTICO

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