terça-feira, 29 de novembro de 2011

A Outra Face

Eldred mostra o corpo , agora desacordado, de quem ele havia encontrado. Um ar de desconfiança misturado com surpresa toma conta de todos que estavam ali presentes. Kelskan, que já havia se recuperado de sua luta com Hallherrin, vai de encontro àquela situação.

* Kelskan: Afastem-se! Diga-me meio-elfo, enquanto eu reanimo esse jovem, o que aconteceu.

Eldred começa então a relatar o que havia acontecido desde que começou a missão de recuperar o javali aquela manhã, até que lembra finalmente que o fazendeiro havia prometido uma recompensa...

* Eldred: Aaaaaaaaa... Deixa que depois eu pego... Vamo ver como o Nagaika está primeiro.

Eldred continua seu relato, terminando enfim com a aparição de Razlen e sua explicação sobre a decima segunda tarefa.
Kelskan então, termina de conjurar uma magia, aparentemente uma magia de cura, que faz com que o jovem aos poucos comece a despertar.

* Elenor: A magia da Illana deve ter feito isso ao senhor Nagaika... Seu tom de pele e cabelos mudou, mas não há dúvidas de que seja ele...
* Hallherrin: Já tavamos tentando lhe achar pequeno... Ainda bem que você tá salvo. Falta só colocar aquela vagabunda no inferno de novo...

O jovem, então, com consciência já recuperada, mostra-se assustado ao ver tantas pessoas desconhecidas ao seu redor, saltando para fora da roda de pessoas que o haviam cercado, e colocando-se em posição de ataque.
O jovem, apesar de aparência e trajes semelhantes aos de Nagaika, utilizava-se de uma corrente com cravos, diferentemente de Nagaika que portava sempre dois kukris para eventuais confrontos.

* Elenor: Calma senhor Nagaika, somos nós, não nos reconhece...
* Saiyd: Sem dúvida, a aparência é praticamente a mesma, apesar do cabelo e da pele... A aura inclusive, é idêntica, mas há algo que eu não consigo identificar ainda o que é, que o difere do nosso amigo Nagaika... Jovem, não estamos aqui para machucá-lo... Por favor, diga como se chama?

O jovem, apesar de ainda desconfiado, baixa a arma em punho, então, gaguejando um pouco por causa da timidez, responde.

* Karvos: Me-meu nome é Karvos... Karvos Kor Etkon...
* Saiyd: Bom, prazer Karvos. Você lembra de algo estranho que se passou nessa última semana?

O jovem então, parecendo exausto, senta, e começa a relatar um pouco da sua história.

* Karvos: Bem, lembro-me de ter acabado com um leão atroz, junto com Tilla Montilla, uma mulher que não tinha nada de feminina, mas que era muito boa em lutas, enquanto o anão Dorin Duro na Queda, não tão bom em lutas apesar dele achar isso, protegia o nosso companheiro pequenino Milo Brishgater e nosso outro amigo Marx Burkinson... Lembro também que Milo havia encontrado um pergaminho de teletransporte, e que, como estavamos longe de casa, ele resolveu usa-lo para encurtar a viagem... Foi aí que acredito ter dado algo errado, pois quando me dei conta, estava naquela floresta fora dessa cidade... Creio que faça uns três dias que eu estou aqui... Me falaram que essa cidade chama-se Tapista, mas não me recordo de ter passado por nenhuma cidade com esse nome em Faerun...
* Elenor: Faerun!?
* Karvos: Sim, sou da cidade de Cormyr, e havia me reunido com o grupo que eu citei em Sembia...
* Hallherrin: Perae, tu disse que um deles era um pequenino, era uma fada ou algo do mermo tamanho?
* Karvos: Não não, Milo era um halfling, sem dúvidas...
* Hallherrin: Então por que o chamou de pequenino, se tu é a merma coisa!?
* Karvos: Mas eu não sou um halfling, sou um humano... E vocês são, visivelmente, gigantes!
* Elenor: Caro senhor Karvos, creio que o senhor deveria dar uma olhada para si antes de nos acusar de gigantes... O senhor é, de fato, um halfling...

Karvos então nota que é ele que tem estatura abaixo da média humana, e suas características corporais são, de fato, as mesma de um halfling.

* Karvos: Mas o que é isso!? Algo realmente deu muito errado naquele teletransporte!
* Saiyd: Você disse que chegou aqui a três dias?
* Karvos: Sim, acredito que sim...
* Saiyd: Foi quando a Lady ressurgiu... Não pode ser coincidência...

Nesse momento, Karvos vira-se para Eldred, o cumprimentando.

* Karvos: Obrigado! Creio que estejamos quites agora...
* Eldred: Quites!?
* Karvos: Sim... Você não acha que aquela corda surgiu do nada quando você caiu naquela armadilha né?
* Eldred: Então foi você...
* Karvos: Sim... Poderia devolvê-la?
* Eldred: Devolver o quê!?
* Karvos: A corda senhor...
* Eldred: A sim, claro... Tome...

Karvos então, volta sua atenção novamente a Saiyd, Hallherrin e Elenor.

* Karvos: Digam-me, onde posso encontrar um templo de Kossuth por aqui? Espero que lá alguém saiba resolver essa minha questão...
* Elenor: O que é Kossuth?
* Karvos: Ora o que é, é o Deus Elemental do Fogo oras! Não sou um fiel devoto, mas admiro suas ideias de renovação pela destruição do que é velho e ruim...
* Hallherrin: Nunca ouvi falar desse doido...
* Elenor: Realmente, o senhor parece ser de muito longe...

Karvos para um instante e nota o símbolo do sol em suas trajes...

* Karvos: Essas vestimentas... Não são as minhas... Por que diabos estou carregando o símbolo de Lathander?
* Elenor: Esse símbolo pertence a Azgher, o Deus do Sol...
* Karvos: Não, Deus do Sol é Lathander...

Saiyd interrompe os dois.

* Saiyd: Karvos, estamos a procura de um amigo nosso, que se parece muito com você. Se puder nos acompanhar, acho que poderemos solucionar tanto os seus problemas, quanto os nossos...
* Kelskan: E para onde vocês pretendem ir agora?
* Saiyd: Encontramos várias coisas que procuravamos, como os poderes de Eldred e o possível paradeiro de Nagaika, mas outras dúvidas acabaram surgindo no caminho, e preciso sana-las...
* Elenor: E como faremos isso senhor Saiyd?
* Saiyd: Eu não sei ainda, mas conheço alguém que talvez saiba... Cinco dias você disse que tinha, não foi Eldred?
* Eldred: Exato. Cinco dias.
* Saiyd: Deve ser o suficiente para acharmos as respostas que procuramos, e você recuperar de vez seus poderes.
* Hallherrin: E quem é que você conhece que poderá nos ajudar?
* Saiyd: Os irmãos Raz-Al-Ballinnn e Raz-Al-Baddinn, os sumo-sacerdotes de Azgher. Arrumem-se, estamos indo para o Deserto da Perdição!





PRÓXIMO CAPÍTULO: O ATAQUE DOS VERMES MALDITOS.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Desafiando Gigantes - parte 2

* Eldred: Nagaika!

Eldred tenta desesperadamente socorrer o indivíduo que ele pensa ser Nagaika, mesmo com a tonalidade de pele e cor dos cabelos diferentes.
Perto deles, um redemoinho de folhas começa a se formar, e dele sai um certo elfo já conhecido...

* Razlen Greenleaf: Shaer pyli, Aelaer. Sher os cer air byr aelaer or... (Muito bem, Eldred. Mas sua missão ainda não acabou...)
* Eldred: O que falta?
* Razlen Greenleaf: O myr taji iar shor si baresi... Thys sor, o myr taji iar shor os eilostar tystalol... (Você deve fazer as pazes com a Natureza... E para isso, deverá fazer as pazes com seu antigo companheiro animal...)
* Eldred: Mas ele tá literalmente no inferno...
* Razlen Greenleaf: O myr thol ei shae... O cali tholi par... Os os vyrdaes shor vaeres bai tysi... (Você deve encontrar uma maneira... Esses poderes só durarão 5 dias... Se não o fizer antes disso, eles desaparecerão para sempre...)

Terminando de dizer isso, o elfo novamente torna-se um redemoinho de folhas, e desaparece junto ao vento.

* Eldred: Preciso encontrar o resto do pessoal... Vou levar o Nagaika comigo...

Eldred sai a procura de seus companheiros, sai tão apressado que nem se lembra de pegar a recompensa que o fazendeiro havia oferecido...





A euforia na arquibancada começa a tomar proporções exageradas. Mulheres despindo seus corpos, gritando para que os guerreiros na arena as possuam na cama, os homens bebem, xingam uns aos outros e se batem, para depois se abraçarem mutuamente e rirem de qualquer coisa. Porém, na arena, o clima está sério. Hallherrin e Kelskan se encaram, mas é notório a ansiedade de ambos.

* Hallherrin: Mermas regras?
* Kelskan: Sim, as mesmas. Quem ganhar, ficará com a glória.
* Hallherrin: Fazer o seguinte, se eu ganhar, eu viro o sumo-sacerdote da Força... Que tu acha?
* Kelskan: Vira sumo-sacerdote é? Você faz parecer fácil... Mas tudo bem, aceito a proposta... Mas se eu vencer... Já sei, ficarei com sua barba!
* Hallherrin: Oxi, minha barba? Pra quê?
* Kelskan: Ora, ser o sumo-sacerdote é o meu orgulho, e se você ganhar, o tirará de mim... Nada mais justo que, se eu ganhar, eu tire o seu...
* Hallherrin: Tá de boa então...

A luta tem, enfim, seu início. Kelskan não perde tempo, e começa a conjurar uma magia, que rapidamente dobra seu tamanho. O minotauro, que já era grande, toma proporções colossais. Hallherrin não se intimida com isso, visto que o mesmo já derrotou Krakens voadores também de proporções colossais no passado. Kelskan tenta acertar Hallherrin com um soco, mas o anão desvia. Hallherrin então aproveita o vacilo de Kelskan e golpeia-o entre as costelas. O minotauro desanda, mas não cai. Kelskan vira rapidamente seu corpo, acertando um soco giratório em Hallherrin. O anão voa em direção aos limites da arena, mas não cai dela. Em vez disso, colide com uma das pilastras que ficavam nas bordas da mesma. A pilastra desmorona sobre ele.
O silêncio toma conta da arquibancada nessa hora, para depois todos gritarem louvores pela aparente vitória de Kelskan. Porém, a gritaria é rompida pelo ruido de Hallherrin saindo por entre os escombros. Dessa vez, a gritaria é orquestrada por Elenor, que mais uma vez, usa uma de suas magias musicais para levantar os animos para o amigo anão.
Kelskan parte freneticamente para cima de Hallherrin, com a guarda baixa. Hallherrin, que está com a cabeça sangrando, aproveita essa baixa guarda e arranca o resto da pilastra que havia no chão, usando-a como bastão contra Kelskan.

* Hallherrin: CHUPA ESSA MANGA!

Kelskan rola bastante, quase caido da arena.
Hallherin, então solta um grito intimidador. Seus músculos crescem um pouco, algumas veias até chegam a saltar. O anão então, salta para cima de Kelskan, apesar da distância entre eles. É evidente as rachaduras na arena causadas pela impulsão de Hallherrin no chão. Kelskan, vendo o anão vindo freneticamente em sua direção, tenta conjurar outra magia mais uma vez, mas não dá tempo. O impacto é tão grande, que além de terminar de rachar toda a arena, Hallherrin retorna quase na mesma tragetória em que foi, enquanto Kelskan é arremessado. Hallherrin parece dominado pela fúria. O que ele não percebe, é que está indo para fora da arena. O mesmo acontece com Kelskan, que parece inconsciente.
No último instante, Kelskan desperta, a tempo de conjurar uma última magia. Ele então, dá uma rasante e alça vôo, enquanto Hallherrin pisa o chão fora da arena.
Ainda enfurecido, e sem notar ainda que pisou fora da arena, Hallherrin sai atrás de Kelskan. Alguns guardas tentam para-lo, mas é em vão. Hallherrin acaba rapidamente com todos. Kelskan não aguenta voar por muito tempo, e acaba pousando, bastante enfraquecido. Hallherrin alcança Kelskan, ergue suas 2 mãos sobre a cabeça, fechadas, e prepara para dar o último golpe. É então que a melodia suave do bandolim de Elenor é ouvida.

* Elenor: Acabou meu amigo...
* Saiyd: Foi uma luta monstruosa, sem dúvidas...
* Hallherrin: Merda... Agora vou ter que ficar lisinho que nem elfo...

Os curandeiros chegam e começam a restaurar a saúde de Kelskan, que estava bastante debilitado.
Hallherrin, com a espada em punhos, se prepara para cortar sua barba, como o combinado.

* Kelskan: Por que você está fazendo isso?
* Hallherrin: Foi o combinado, não foi?
* Kelskan: Mas eu perdi...
* Hallherrin: Não, eu perdi, as regras permitiam magia desde que não possuissem componentes materiais...
* Kelskan: Você me deixou desacordado, e mesmo quando voltei, foi a única coisa que eu pude fazer antes de cair novamente, por causa do seu golpe... Consideremos um empate então, se você aceitar... O que valeu realmente foi a medição de nossas forças... E devo dizer, você é descomunhal!
* Hallherrin: Não sei o que é isso, mas acho que foi um elogio... Tá de boa, aceito um empate... Por enquanto...

A conversa é interrompida, com a chegada de Eldred.

* Eldred: Pessoal, adivinha quem eu encontrei?





CONTINUA NA PRÓXIMA POSTAGEM...

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Desafiando Gigantes - parte 1

Eldred anda por alguns minutos sobre o labirinto da cidade de Tapista, a procura do tal javali. Sem ele se desse conta, acaba caindo num fosso, não muito fundo, provavelmente uma armadilha.

* Eldred: E agora, como eu vou sair daqui!?

Minutos depois, uma corda é jogada para ele. Eldred sobe, mas não vê ninguém que pudesse ter sido responsável pela corda, pois ela estava amarrada numa coluna de pedra da cidade. Eldred recolhe a corda, a tempo de ouvir não muito longe dali uma gritaria sem fim.




Enquanto isso, Hallherrin sobe na arena para sua primeira luta no torneio. Seu adversário, Varro, é um humano encorpado, com 1,92 metros de altura, e 123 quilos de peso. O juiz, que é o sumo-sacerdote de Tauron, Kelskan, um minotauro com mais corpulência que os minotauros comuns, dá o sinal para a luta começar.
Hallherrin baixa a guarda e oferece a face esquerda do rosto, para que o adversário ataque.

* Hallherrin: Bata ae...

Varro fica enfurecido, e aparentemente dá um potente soco na face de Halherrin. O anão não move um centimetro.

* Hallherrin: Que nem homem...

Isso deixa Varro com mais raiva ainda, socando agora com um gancho aparentemente mais potente que o primeiro soco. Mais uma vez, o anão não sai do lugar.
O público começa a vaiar, pois a luta tá sem emoção nenhuma.

* Hallherrin: Pegue distãncia e use os 2 braços de uma vez vá!

Varro, com uma raiva desesperadora, corre até o limite da arena, pegando distância suficiente para investir contra Hallherrin. Aproximando-se, salta, caindo com as 2 mãos juntas e fechadas na cabeça de Hallherrin. O anão dá 2 passos para trás, mas ainda parece bem.

* Hallherrin: Agora sim... Minha vez agora.

O anão prepara um direto de esquerda, parecia ser lento, provavelmente por isso Varro optou por defender com os braços em forma de x. Porém, ao alcançar a defesa de Varro, o soco de Hallherrin mostra o estrago que causa. É visível para todos a fratura exposta em ambos os braços de Varro, mas a cena é cortada rapidamente, pois Varro é arremessado pela potência do soco para a arquibancada. O impacto é tão forte que derruba uma parte da mesma. Assim, a vitória da primeira luta vai para Hallherrin.

* Hallherrin: Merda, exagerei...




Eldred chega ao local, a tempo de ver o javali arremessando para o alto 5 minotauros que tentavam captura-lo. O animal era imenso, do tamanho de um elefante comum. Eldred então, por instinto, arremessa uma pedra contra o animal, que acerta, deixando-o enfurecido e voltando sua atenção a Eldred. O meio-elfo sai correndo, a fim de atrair o animal de volta pra fazenda. Após muita correria, e um pouco de sorte, por causa do animal ser desengonçado, Eldred consegue chegar à fazenda. O fazendeiro já havia preparado uma jaula de madeira para segurar o animal, e ele acaba preso assim que chega. Depois de um descanso rápido, Eldred vai cumprimentá-lo.

* Eldred: Ufa... Esse deu trabalho...
* Fazendeiro: É, ele sempre dá... Aguarde ae, que eu vou pegar uma recompensa pra você...
* Eldred: Opa, recompensa é sempre bom!

Enquanto o fazendeiro sai, Eldred nota que ainda longe, alguém vem se aproximando, parece ser uma criança.
O fazendeiro então, retorna.

* Fazendeiro: Aqui tem 5.000$, não é muito, mas é tudo que eu tenho... Aceite...
* Eldred: É melhor que nada...

Quando está para pegar o dinheiro, o javali quebra violentamente a jaula que o mantinha preso. Enfurecido, o animal começa a bufar, e avista um alvo para descarregar sua fúria: a pessoa que se aproximava. O fazendeiro fica desesperado, pois não sabe o que fazer. Eldred fica assustado com a situação, e não sabe se pega o dinheiro ou tenta salvar o estranho que se aproximava. O javali investe, enquanto que que Eldred finalmente decide que vai ajudar o estranho. Eldred corre para o socorro, mas o javali consegue acertar violentamente o que parecia, de fato, uma criança.

* Eldred: Nããããããããããããoooo!!!

Eldred grita e estende a mão como se fosse ajudar a criança. Subitamente, com esse gesto, o javali é envolvido por cipós e mato que crescem do chão da fazenda.

* Eldred: Isso fui eu!?

Com o animal detido, Eldred vai em socorro da criança. Ao se aproximar, nota que só havia um ferimento na cabeça, mas estava inconsciente. Na verdade, não era uma criança, mas tinha a estatura de uma. Com pés peludos, pele morena e cabelos espetados dourados, e usando uma armadura com o símbolo de Azgher, o Deus do Sol.

* Eldred: Perae, mas esse é o...




As lutas seguintes de Hallherrin conseguem ser mais monótonas que a primeira. O anão enfrentou um senhor esguio, que depois cresceu e ficou incrivelmente musculoso durante a luta, mas nada desafiador. Outro, um minotauro, que só tinha tamanho mesmo, nada demais. Enfim, Hallherrin havia ganho, pelo menos de acordo com as regras, o torneio. O anão demonstra claramente a frustração por não ter tido uma luta decente, e isso chama a atenção de Kelskan, o juiz e também sumo-sacerdote de Tauron.

* Kelskan: Você não entrou nesse torneio pelo dinheiro, pelo que posso ver... O que você quer então?
* Hallherrin: Só tem graça lutar com gente forte, e aqui num tinha nada disso... Fizeram tanto inxame que era um torneio pra Tauron, o Deus da força, mas força foi o que menos teve aqui...
* Kelskan: É força que você quer ver?
* Hallherrin: Era bom, além da minha...

O minotauro salta para a arena, causando um grande impacto, que é seguido pelo perceptível delírio do público.

* Kelskan: Pois eu vou ter o prazer de lhe mostrar...





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sábado, 12 de novembro de 2011

Os 12 Trabalhos de Eldred - parte 2

* Segovax: Mas venham, procurem uma estalagem para passarem a noite, já está anoitecendo, amanhã começaremos a redenção do jovem e procuraremos uma maneira para resolver seus outros problemas.
* Eldred: Eu passarei a noite aqui fora se não se importarem, não gosto de cidades, entrarei aí só pra cumprir minha penitência...
* Hallherrin: Faça o que achar melhor, amanhã, lhe buscaremos.

O grupo, guiado por Segovax, passa cerca de meia hora andando, as ruas, casas e qualquer outro tipo de edificação dão a idéia de labirinto, e que seria muito fácil se perder ali sem o direcionamento de Segovax.

* Elenor: Senhor Segovax, com o que exatamente o senhor trabalha aqui em Tapista, visto que o guarda o tratou como Lord?
* Segovax: Eu sou um membro da igreja de culto a Tauron, o Deus da Força. Minha posição na hierarquia da igreja só é superada por mais três e pelo Sumo-sacerdote, Kelskan. Inclusive, ele está na cidade para realizar alguns eventos...
* Elenor: Mais um Sumo-sacerdote? Estamos com sorte hoje, a primeira vez que vimos um foi a alguns minutos atrás, como o senhor Greenleaf... Espero sinceramente poder ver outro em breve...
* Segovax: Será uma honra para alguém como você, jovem...

Mais alguns minutos e o grupo chega á estalagem Serpente de Sangue, lugar não muito diferente das tabernas comuns: bebedeira, conversa alta, uma possível discussão aqui ou ali, uma cadeira voando nas costas daquele minotauro ali... Segovax os deixa ali, avisando que viria buscá-los no outro dia... Após se registrarem para passarem a noite ali, Hallherrin e Elenor descem ao saguão lotado para relaxarem um pouco...

* Hallherrin: Cerveja, barril grande!

O atendente, um minotauro com a órbita ocular esquerda vazia, se vira com uma cara não muito amistosa, recolhe o dinheiro deixado sobre o balcão por Hallherrin e sai. Volta logo depois, com o barril pedido, colocando-o brutamente sore o balcão.

* Atendente: A criança humana vai querer o mermo?
* Elenor: Só leite, por favor.
* Atendente: Leite só tem de boi, quer?
* Elenor: Acho que vou ficar sem beber nada, obrigado.

Algum tempo depois, Saiyd desce também, trazendo um folheto para mostrar ao Hallherrin, e trombando em alguns bêbados que apareciam em seu caminho.

* Saiyd: Acredito que você vai gostar de ver isso anão.
* Hallherrin: Deixa eu ver ae...

O folheto tratava-se de um anúncio sobre um torneio marcial que aconteceria em Tapista em dois dias, na praça principal. As regras eram claras: Combate sem armas, sem armaduras ou escudos, pois para honrar a Tauron, o Deus da Força, os combates deveriam ser puros. Magias, só conjuradas pelo lutador, se este fosse capaz, e ainda assim, só aquelas que não precisassem de qualquer objeto para serem conjuradas. O torneio será em chaves, numa plataforma montada na praça principal. Saída da plataforma antes do término da luta é desclassificação. Mortes não são proibidas, mas o perdedor pode pedir clemência, o que pode ou não ser atendido pelo vencedor. Premiação: 700.000$

* Hallherrin: Oxi, num vai ter nem graça isso daqui...
* Saiyd: Olhe as letras miúdas...

Nas letras miúdas do folheto dizia: Organização - Kelskan, Sumo-sacerdote do Tauron.

* Hallherrin: Sim, vai ser organizado por um padre, e?
* Saiyd: É o Sumo-sacerdote de Tauron! O deus não o escolheria se ele não fosse dono de uma força absurda...
* Hallherrin: É, quem sabe depois do torneio, a gente num troca umas palavras... E uns tapas também...

Após a conversa, o grupo segue para seus quartos para descansar do dia corrido que tiveram. Antes de dormir, Elenor escreve em seu diário os acontecimentos passados até então, para depois ir dormir também.

O dia começa cedo em Tapista. Segovax aparece em frente a estalagem, trazendo Eldred, onde os outros três já o aguardavam.

* Elenor: Bom dia, senhores!
* Saiyd: Bom dia, Elenor!

O grupo reunido, então, segue por alguns minutos pelas ruas labirínticas de Tapista, até chegar numa extremidade da cidade, onde havia uma fazenda.

* Segovax: Bom, seu primeiro trabalho, será arar todo esse terreno...
* Eldred: Começarei então...
* Segovax: Seus amigos e eu estaremos observando e esperando naquela casa ao fundo. Nos procure quando terminar.
* Eldred: Certo!

Eldred pega os poucos instrumentos que o auxiliariam na tarefa, enquanto os outros vão para a casa situada ao fim do campo de plantação de alface.

Ao final da tarde, Eldred termina o arado. Vai até a casa onde os companheiros estavam, descansa e come algo, pois não havia comido nada desde aquela manhã.

Após fartar-se, Segovax lhe entrega um cubo, sub-dividido em outros 9 cubos em cada uma de suas faces.

* Segovax: Este é um cubo mágico, e os seus próximos 6 trabalhos. Como pode ver, cada face contem uma runa, mas suas divisões estão embaralhadas pelas faces do cubo. Seu objetivo é organizar todas as faces dele. Porém, não é tão simples assim. Há uma ordem a ser seguida, a qual você deve descobrir. Além disso, toda vez que você errar a ordem, o cubo voltará ao estado inicial, e você sofrerá um efeito mágico conjurado pelo cubo. Não se preocupe, acredito que você não morrerá com tais efeitos. Concluído essa parte, o fazendeiro lhe dirá qual sua próxima tarefa...
* Eldred: Acho que vou me dar muito mal nisso daqui...

Hallherrin interrompe a conversa.

* Hallherrin: Seu Segô, eu tô sabendo de um torneio que vai ter na praça... Vou participar!
* Segovax: É um torneio de força, sem auxílio, ter certeza que aguenta!?
* Hallherrin: Homi, diga logo onde eu me inscrevo...

O dia vira novamente, é o dia do torneio.
Eldred termina o desafio do cubo logo de cara, sem errar, o que surpreende e muito Segovax.

* Segovax: Parabéns Eldred. O fazendeiro pediu para lhe avisar que seu próximo trabalho será capturar o javali atroz dele que fugiu, e que anda causando confusão pela cidade. Concluir essa tarefa vai ser o equivalente a quatro trabalhos, então prepare-se, pois não será fácil...
* Eldred: E como eu vou encontrar esse javali?
* Segovax: É só procurar pela gritaria e barracas voando... Eu e seus companheiros estaremos na praça principal, seu amigo anão se inscreveu para apanhar lá...

Eldred sai em busca do tal javali, enquanto os outros se dirigem à praça principal, onde Hallherrin se inscreveria e participaria do torneio de força.

Mais alguns minutos de caminhada, e o grupo chega ao local. A praça estava lotada, com muitas pessoas que aparentavam ser excelentes lutadores, e a variedade era absurda: homens, mulheres, halflings, anões, mas a sua maioria era mesmo, minotauros. Cada um com seus chifres estilizados, fazendo pose e gritando serem os melhores.
Concluida a inscrição, Hallherrin se dirige ao hall de entrada dos lutadores, enquanto Elenor e Saiyd vão para as arquibancadas. Algum tempo depois, os lutadores entram para serem apresentados e ovacionados. Na apresentação de Hallherrin, Elenor disfarçadamente conjura uma de suas magias para fingir o som de uma grande torcida para Hallherrin, o que faz alguns dos lutadores ficarem temerosos...
As chaves são sorteadas, e a primeira luta é: Hallherrin vs Varro!





PRÓXIMO POST: DESAFIANDO GIGANTES - parte 1

domingo, 6 de novembro de 2011

Os 12 Trabalhos de Eldred - parte 1

Os quatro se aproximam do território de Tapista, reino conhecido por ser um imenso labirinto e armadilhas, onde seu povo é, em maioria, minotauros. A poucos metros da saída da floresta de Greenleaf, a paisagem começa a mudar, passando do gramado verde para subitamente uma muralha de pedras avermelhadas.
De repente, um raio de energia sai da muralha, acertando precisamente o amuleto de teleporte do Hallherrin, partindo-o em pedaços.

* Hallherrin: Mas que porra foi essa!?
* Saiyd: Fiquem atentos! Não sabemos de onde virá o próximo ataque!

Os quatro ficam em prontidão, mas nada de diferente ocorre por um tempo, até que o silêncio é cortado por uma voz grave e intimidadora...

* Guarda Minotauro: Quem são vocês intrusos, e o que querem em Tapista?
* Elenor: Não viemos com intenções ofensivas senhor, estamos a procura de alguém conhecido como Segovax, O Minotauro de Três Pernas, nos foi indicado de que ele poderia nos ajudar em nossa aflição...
* Guarda Minotauro: Lord Segovax? Em nome de quem vocês vêm?
* Elenor: Em nome do senhor Littlebell, ele que nos aconselhou procurar o senhor Segovax.
* Guarda Minotauro: Aguardem, verei se Lord Segovax irá recebê-los.

Mais dois guardas minotauros saem para vigiar os quatro, enquanto o primeiro com quem eles falaram, sai, provavelmente a procura de Segovax.

* Hallherrin: Quando esse safado chegar, vou quebrar os dois chifres desse corno, e depois pedir um amuleto novo...
* Saiyd: Calma Hallherrin, nem tudo se resolve na força...
* Hallherrin: Eu resolvo tudo na força, e sempre resolvo!

Alguns minutos depois, o guarda retorna, acompanhado de outro minotauro, mais robusto, com uma toga de um prateado escuro, e detalhes notavelmente feitos em ouro, cobrindo até os cascos. Em suas orelhas, brincos largos, também feitos de ouro. Em seus chifres, runas escritas em tonalidades variando entre verde e lilás, numa linguagem desconhecida.

* Segovax: Quem são vocês, invasores?
* Elenor: Não somos invasores senhor Segovax, viemos guiados pelo conselho de nosso amigo Littlebell, que nos disse que o senhor poderia nos ajudar a resolver alguns de nossos problemas...
* Hallherrin: É, e eu quero um amuleto novo, alguém da sua cidade acabou de destruir o meu...
* Segovax: Se seu amuleto foi destruído, é por que tinha algum efeito de teleporte... Esse tipo de magia não é permitido em Tapista. Quanto aos seus reais problemas, quais são?
* Hallherrin: E meu amuleto, como fica?
* Segovax: Creio que você terá que reaprender a viver sem ele...
* Hallherrin: Filha da p...
* Saiyd: Calma Hallherrin!
* Elenor: Continuando, estamos a procura de dois amigos nossos, que estão desaparecidos até então, e queriamos encontrá-los, e o outro problema diz respeito ao nosso amigo aqui, o senhor Eldred, que perdeu seus poderes druídricos...
* Segovax: Sobre seus amigos desaparecidos, não posso fazer nada, mas com esse daí, conheço alguém que poderá ajudá-lo...

Segovax manda um dos guardas trazer a Oblonga.

* Eldred: Graças a Allihanna! Por curiosidade senhor, eu sempre imaginei que minotauros fossem bípedes, por que o senhor é conhecido como O Minotauro de Três Pernas?
* Segovax: O apelido se deve a isso...

Segovax levanta sua toga, exibindo algo entre as pernas que normalmente não teria o tamanho que se é visto nele, alcançando a parte da panturrilha do minotauro... Isso por que estava em repouso...

* Elenor: ...
* Hallherrin: Besta Fubana!
* Saiyd: Agora eu sei porque alguns chamam Tauron de Divina Serpente...
* Eldred: Deveria ter ficado calado...

Segovax abaixa novamente a toga, e logo depois pega uma espécie de instrumento musical de sopro do tamanho de Hallherrin, que um dos guardas havia ido pegar. Ao sopra-lo, um som como o de uma tempestade é escutado, misturado com um outro que parece uma música das fadas...
Alguns minutos depois, surge por entre as árvores da floresta de Greenleaf, um elfo de longos cabelos loiros, olhos esverdeados, coberto com uma armadura de folhas...

* Eldred: Mas esse é o...
* Razlen Greenleaf: Shar pai o shal, Maendrylas? (O que você quer, Segovax?)
* Segovax: Sol or tal baer vaedaestol, Vajael Kaelaes... (Esse jovem precisa de redenção, Razlen Greenleaf...)
* Razlen Greenleaf: Eilondalae sai poradylaer shair or cor eilol... (Allihanna está desapontada demais com as atitudes dele...)
* Segovax: Saeri ol vaedi maes sai baer sar eilystalia air... (Esses jovens que o acompanham parecem precisar dele...)
* Razlen Greenleaf: Sael ci car sai kai syl saeli sor... Masol shor si jharaes shael vylodaer shia os toria! Ais varaer, si kydaer Eilondalae mar vaerysi cor vyrdaes. (Então ele terá que passar por doze provações... A começar pelas que são oferecidas por sua cidade! Se passar, a deusa Allihanna restituirá seus poderes.)
* Segovax: Sal o, Kaelaes! (Obrigado, Greenleaf!)

O elfo retorna a floresta, desaparecendo por entre os ramos de mata alta...

* Segovax: Bom, Greenleaf falou que você precisará passar por doze provações, que estão nessa cidade... sobrevivendo a elas, sua deusa o perdoará.
* Eldred: É, eu entendi a maioria das coisas que ele falou.. Quando nós poderemos começar?
* Segovax: "Nós"? Isso é algo que você deverá fazer sozinho, seus amigos não poderão ajudá-lo... Eles virão comigo para tentarmos achar uma solução para os outros problemas deles...





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