quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Eu Sou A Lenda

* Hallherrin: Ih grandão, se acalma ae, senão a gente dá um jeito em você!
* Eldred: Não! Eu tenho que fazer isso sozinho...
* Wolf: Você deveria aceitar a ajuda do anão, ele pode comigo, você não.
* Eldred: Não vim lutar com você... Vim levar você comigo!
* Wolf: Hahahahahaha... Boa sorte...
* Eldred: Porque você não quer ir?
* Wolf: Além do óbvio? Eu sou uma lenda aqui...





Elenor e Morpheu andam por alguns minutos, até chegarem no precipício. Lamentos podem ser ouvidos com maior intensidade aqui.

* Morpheu: Olhe lá embaixo Elenor...

Elenor inclina-se para ver o que estava abaixo dele. Na beira do rio de sangue, centenas de criaturas buscavam subir o penhasco onde Elenor e Morpheu estavam. Pareciam zumbis, ou outra coisa mais maligna.

* Morpheu: Desde que você ajudou a libertar minha esposa, que alias, serei eternamente grato por isso, você se tornou uma lenda aqui no inferno... Essas almas perturbadas souberam disso, e tentavam a todo custo lhe encontrar... Agora que sentiram sua presença aqui, eles lhe querem para tentar voltar ao mundo dos vivos...
* Elenor: E o que o senhor quer que eu faça?
* Morpheu: Eu tentei sozinho coloca-los novamente em seu descanso eterno... Mas a quantidade de criaturas é absurda, e algumas tem um poder acima da média... precisava de outra lenda da música primordial para aquieta-las...
* Elenor: Como faremos isso então?
* Morpheu: Você aprendeu a subvocalizar suas músicas?
* Elenor: Sim... Tocar duas músicas ao mesmo tempo...
* Morpheu: Pois bem, teremos que subvocalizar a Canção da Vida com a Nota de Solidão... Conhece elas?
* Elenor: Sim, usei a Nota de Solidão recentenmente contra a Lady...
* Morpheu: Porém, teremos que estar próximos a eles para que o efeito seja máximo... E eles podem e vão nos atacar.
* Elenor: Eu cuido disso quando chegarmos lá embaixo, vamos!





* Meio-anjo, meio-demônio: Vai cortar minha cabeça? Não sei se você percebeu, mas você está cercado humanozinho de merda...
* Jabez: ♪ Estou? ♪

Jabez vislumbra por um instante todos os demônios que o cercava. Milhares, vindos de todas as partes do Abismo. Rapidamente, brande sua espada, que emite um intenso brilho. Os demônios, numa questão de segundos, viram pó, sobrando apenas o meio-anjo, meio-demônio.

* Jabez: ♪ Dizias? ♪
* Meio-anjo, meio-demônio: Ma-as... O q-que é vo-você?
* Jabez: ♪ Ficastes tão cheio de si preparando-me como encomenda, que agora estas supreso por eu ser a lenda! ♪





* Eldred: Lenda?
* Wolf: Eu tomei o lugar de Cérbero, que aliás, é minha concumbina agora, e todos me temem... Sou praticamente o rei do Inferno, uma lenda maligna.
* Eldred: Mas você não é assim, você é meu amigo, meu companheiro animal...

Wolf investe grosseiramente sobre Eldred, golpeando-o com uma das patas. Eldred é arremessado por uns 15 metros, chocando-se com um rochedo.

* Saiyd: Eldred!
* Wolf: Para trás vocês dois! Quando eu acabar com o prato principal, vocês serão os próximos!
* Eldred: Droga...

Eldred levanta-se, com alguma dificuldade, e começa a caminhar em direção ao Wolf.

* Eldred: Você quer mesmo lutar?

Wolf prepara outra patada contra Eldred. Porém, quando estava para acerta-lo, o ataque é parado. Uma pata de urso segura fortemente a pata de Wolf. Saiyd e Hallherrin vêem agora que, a pata pertence a Eldred.

* Wolf: Como é? Você está com os poderes? Allihanna deveria tê-los tirado...

Eldred completa a transformação, virando um enorme urso negro.

* Eldred: Se você é uma lenda, eu serei a lenda que a domou! Você será meu amigo de novo, pode ficar certo disso!





Elenor e Morpheu saltam no meio da multidão de mortos-vivos que estavam a beira do rio de sangue. Morpheu usa de um ataque sônico para afasta-los.

* Morpheu: Agora Elenor!
* Elenor: Cubo de Energia!

Elenor e Morpheu, assim que chegam ao chão, são cercados por uma jaula de energia brilhante. Os zumbis tentam forçar a entrada na jaula, sem exito. Elenor se posiciona na face leste da jaula, e Morpheu na face oeste.

* Morpheu: Vamos Elenor! Subvocalizar: Canção da Vida e Nota de Solidão!
* Elenor: Subvocalizar: Canção da Vida e Nota de Solidão!

Duas melodias podem ser ouvidas saindo dos acordes de Elenor e Morpheu. A primeira delas, com uma melodia reconfortante, que parecia trazer paz ao coração. A outra, um pouco mais estrondante, como trovões. Um a um, os zumbis se acalmam, e vão sendo direcionados aos seus locais de descanso. Porém, a jaula é golpeada por uma enorme criatura. O golpe é tão voraz que destrói a proteção de Elenor e Morpheu. Quando eles olham, vêem que o que golpeou a jaula foi um Necrogolem.

* Elenor: Já vi um desses antes...





* Jabez: ♪ Como és? Praguejavas que iria me dedurar, mas agora em suas calças estás a cagar! ♪
* Meio-anjo, meio-demônio: Minha parte angelical me protegeu do poder dessa espada... Interessante...
* Jabez: ♪ O que estás aí a resmungar? ♪
* Meio-anjo, meio-demônio: Logo você saberá...





O Necrogolem se prepara para atacar novamente Elenor e Morpheu. Um de seus golpes atinge Morpheu, que cai inconsciente. Só resta Elenor. O monstro junta os dois braços para acertar um único golpe mortal no bardo. Quando está para acertar, um vulto rápido como um raio negro o interrompe. O que se vê depois é o Necrogolem sendo dividido em várias partes. Em frente ao monte de pedaços, um homem está de pé. O homem porta duas espadas em suas mãos, e sua aparência lembra muito a de Elenor.

* Elenor: Richard!?
* Richard: Só quem pode matar você sou eu!





PRÓXIMO CAPÍTULO: SEPARADOS PELO DESTINO

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Endiabrado

* Eldred: Jura que vamos ver o Wolf agora? Eu não sabia mais o que fazer, falta um dia apenas...
* Saiyd: Calma Eldred...
* Hallherrin: Num é, parece que é elfo!
* Eldred: Sou meio-elfo...
* Hallherrin: Hummmmmm...
* Elenor: Como fará isso, senhor Jabez?
* Jabez: ♪ Darmos-ei vossas mãos entre si, e num piscar de olhos não mais estarão aqui! ♪

O grupo forma um círculo, dão as mãos, e Jabez começa então mais uma vez a se concentrar. Runas aparecem no chão, ao redor do grupo, com palavras que ninguém jamais sonhou existir. O círculo então toma a forma agora de um pentagrama de runas, que gira. A velocidade do giro aumenta, até que forma uma espécie de plataforma luminosa sob os pés do grupo. Tal plataforma então, parece descer a uma velocidade incrível, milhas abaixo. Um clarão avermelhado cega momentaneamente o grupo. Depois que a visão volta, o grupo se vê num ambiente tenebroso. Montanhas negras são vistas ao horizonte. No céu, nuvens rubras relampejeam. É possível ver, próximo ao pico das montanhas, criaturas aladas sobrevoando o local. Próximo ao grupo, um corrego vermelho vivo transborda fumegante.

* Saiyd: Aaaaaaaaaaaaaaaaaahhhh! O braço tá doendo de novo... Definitivamente, esse não é o meu lugar...
* Hallherrin: Segura a onda ae po, num vamo demorar muito por aqui não.
* Elenor: Senhor Saiyd, tocarei uma música para relaxá-lo...

Elenor começa a tocar uma música que passa uma tranquilidade ao coração de Saiyd, que começa a se acalmar. Lamentos são ouvidos por todo o local em que estavam, desde que Elenor começou a tocar.

* Elenor: É, parece que minha música incomoda os habitantes daqui...
* Voz Conhecida: Na verdade, a mim agrada bastante...
* Elenor: Senhor Morpheu!
* Morpheu: A quanto tempo Elenor! Mais de dois anos eu acredito...
* Elenor: É, já faz um bom tempo mesmo...
* Eldred: O Wolf, o senhor viu o Wolf?
* Morpheu: Aquele louco? Ele deve estar degustando as almas... Desde que ele tomou o lugar do Cerberus, as almas não têm tido mais sossego... Não que se possa sossegar aqui...
* Hallherrin: Tais fudido... hUAHAuahUAHAuAHUAHAuAhU
* Morpheu: Jabez, aquele meio-anjo, meio-demônio desprezível estava procurando por você...
* Jabez: ♪ Agradecei a ti pela aviso, irei encontrá-lo agora, sem compromisso!

Jabez desaparece aos olhos de todos, enquanto um uivo pode ser ouvido ao longe.

* Morpheu: É, acho que ele farejou você Eldred...
* Eldred: Ops...
* Hallherrin: Bora lá po, tu num tem que fazer as pazes com ele, quer os poderes mais não é?
* Eldred: Quero sim, só estou... Nervoso.
* Hallherrin: Bora po, a gente dá apoio moral... hUAHAuahUahauahUAHu
* Saiyd: Vamos Eldred, pior do que está não pode ficar...
* Eldred: Apoio massa...
* Elenor: Bom senhor Morpheu, foi bom vê-lo de novo...
* Morpheu: Na verdade, queria fazer uma experiência com você, se quiser, um teste na verdade.
* Elenor: Outro?
* Morpheu: É, nada que você não possa superar eu acredito.
* Elenor: Tudo bem, ficarei aqui com o senhor então... Encontro vocês depois.
* Hallherrin: Tranquilo, não vamos demorar mermo...
* Saiyd: Voltaremos, e Wolf voltará também.
* Eldred: Tomara...





Jabez vai até o ser que o procurava. O local é repleto das mais sombrias criaturas, entre anjos caídos até demônios sanguinários.

* Jabez: ♪ O que queres tu, ó meio-bom, meio-mal! Não atrapalhes meu destino, com um desejo banal! ♪
* Meio-anjo, meio-demônio: Lhe garanto que não é nada banal... Hehehehehehehehehehe
* Jabez: ♪ Fales rápido, não se reprima, senão me farás perder essa rima. ♪
* Meio-anjo, meio-demônio: Serei direto. É sobre essa sua espada ae. Eu sei como a conseguiu...
* Jabez: ♪ E...? ♪
* Meio-anjo, meio-demônio: É simples. Ou você a entrega para mim, ou eu trago aquele Illumian que está em Faerun com todos os poderes que ele tinha pra cá, ae então você se resolve com ele... Como vai ser?
* Jabez: ♪ E se tua cabeça fores cortada antes, como farás com aquele ser de cabeça com runas brilhantes?





Eldred, Hallherrin e Saiyd andam por mais alguns quilômetros. É possível ver algumas almas vagando perdidas em desespero.

* Eldred: Como meu Wolf deve ter ficado, depois de passar tanto tempo rodeado por coisas tão horríveis?

Um grande vulto salta em direção ao grupo, rosnando. Em sua cabeça, um par de chifres avermelhados. Sua saliva é negra como o chão pisado por ele. Sua cauda, agora sem pêlos, tem a forma parecida com a de um demônio.

* Wolf: Creio que você poderá perguntar para ele pessoalmente, miserável!





PRÓXIMO CAPÍTULO: EU SOU A LENDA

sábado, 17 de dezembro de 2011

Efeito Borboleta

Após um tempo, Saiyd recobra a consciência. Eldred o ajuda a levantar, já de volta a sua forma humanóide.

* Elenor: Por onde andastes, amigo Jabez?
* Jabez: ♪ Jsafiof ghoiw ikvnfgeqoig dinhvkgp eiovnfgep... ♪
* Elenor: Como é?
* Jabez: ♪ Perdoar-me-ei tu, ó amigo Elenor, pois esse atrito deixou-me-ei o sangue em fervor! Dizer-lhe-ia no linguajar de Trombaira, que Jabez não anda, Jabez paira. ♪
* Elenor: Sim, claro, mas o que eu queria dizer era...
* Hallherrin: Onde porra tu tava!?
* Jabez: ♪ Jabez viajou, levitou e teleportou. Num plano qualquer e distante, Jabez pergunta ao ser de tromba gigante: "Sois elefante?" O ser confuso ficou e assim lhe perguntou: "Sois viajante?" Jabez ficou indiferente e assim falou ao ser que lhe falava inteligente: "Sois bonito e jovial, pois como a mim falais igual." ♪
* Elenor: ...
* Hallherrin: ...
* Saiyd: ...
* Eldred: ...
* Jabez: ♪ Terminando-me então o diálogo com o ser ermitão, por-me-ei a vagar entre mundos, a fim de encontrar o objeto de minha ambição... ♪
* Eldred: Olhae, o cara é ambicioso e ninguém fala nada, quando sou eu...
* Saiyd: Seria essa a espada que você tanto procurava?
* Jabez: ♪ Evidente, amigo que a muito havia de estar morto, porém, não imaginas tu, que para consegui-la, Jabez passou por tamanho sufoco... ♪
* Elenor: Vamos descansar um pouco, aí o senhor explica direito...

O grupo então, faz uma pausa nos diálogos, e começam então a montar acampamento ali próximo ao que antes era o templo sagrado de Azgher. Resolvem acender uma fogueira, para iluminar aquele terreno escurecido pelo sol negro que pairava sobre suas cabeças.

* Hallherrin: Vai, continua ae a história...
* Jabez: ♪ Em um ambiente onde Illumians saltitavam vibrantes, confinada estava essa espada brilhante... Ligação com os poderes meus essa espada têm, porém os Illumians a querem também... Consegui obtê-la usando de malícia, porém dos Illumians chamei a atenção da milícia. Um deles tentou a mim alcançar, mas agora também está preso aonde o amigo Nagaika está. ♪
* Elenor: Nagaika!? O senhor sabe aonde está o Nagaika!?
* Jabez: ♪ Sim... Poder-lhes-ei de mostrar, porém, nada poderão se integrar...♪

Jabez então concentra-se, e de repente, o grupo está em um gramado, a noite, com uma casa de madeira a uma certa distância. Flechas são disparadas para dentro da casa. Após mais algumas investidas, um homem com uma aparência tenebrosa saí correndo dela. Tentando segui-lo, a figura de Nagaika pode ser vista, quando o halfling arremessa uma kukri contra o homem, mas sem muito sucesso. Pela porta aberta da casa, é possível ver um homem caído e duas crianças. Um homem, com símbolos que circundam sua cabeça é visto tentando acertar o homem que fugia, com seu arco, é então que o grupo volta ao acampamento.

* Hallherrin: O pequeno tá vivo ainda... Fi da peste...
* Elenor: Notícias muito boas, finalmente!
* Saiyd: Muito bom rever o Nagaika...
* Eldred: Não cresceu nada...
* Jabez: ♪ Bloqueado por alguma força, está os poderes de Jabez para entrar nesse plano... Porém, aquele que Illana levou é a chave para o retorno do nosso companheiro que do Bil é agora soberano. ♪
* Elenor: Karvos foi levado pela Illana? Porquê? E porquê ele é a chave para o senhor Nagaika voltar?
* Jabez: ♪ Vossos olhos não puderam ver, mas onde Nagaika agora está, outros iguais a vocês ão de ter! O que nesse plano existe, em outro também há de existir, de uma maneira semelhante ou não a como vivem aqui. E não só os mortais assim se comportam, deuses por iguais também se desdobram. ♪
* Saiyd: Então, esse símbolo...
* Jabez: ♪ Nunca o vi, essa resposta então tu não terás de mim. ♪
* Eldred: E o Wolf, você sabe como encontrá-lo, Jabez?
* Jabez: ♪ Pede-mes uma brincadeira de criança, pessoa da mata! Levar-lhes-eis agora, na lata! Porém, devo avisar, bem recebido tu não serás lá! ♪





PRÓXIMO CAPÍTULO: ENDIABRADO

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

O Garoto Que Podia Voar

* Elenor: O que os irmãos queriam dizer sobre a Lady?
* Saiyd: Não sei... O que me preocupa... É esse sol negro...

Saiyd desmaia, provavelmente por causa da dor que sentia no braço.

* Karvos: Deixa que eu cuido dele...
* Eldred: E agora? Não sabemos o que fazer, onde encontrar o Nagaika original, como levar Karvos em segurança para seu lugar de origem, que nem sabemos onde é, e o pior, como vou me reconciliar com o Wolf!
* Hallherrin: Calmae, uma coisa de cada vez! Temos dois dias ainda para você encontrar o Wolf. Vamos cuidar do Saiyd primeiro...

O diálogo é interrompido, com o pico da pirâmide explodindo. Em seu lugar, há uma jovem, de cabelos curtos, que parece gostar de ver o desespero do grupo.

* Elenor: Illana!
* Illana: Sentiram saudades de mim?
* Hallherrin: Sabia que essa vadia tava por trás disso tudo!
* Illana: Oh não, como sempre, o anão prefere usar mais os músculos do que o cérebro... Não fui eu quem redecorou o sol, mas devo dizer que quem o fez tem um gosto bastante peculiar...
* Eldred: Como não foi você, os irmãos sacerdotes de Azgher estavam pra falar algo sobre você, quando isso aconteceu...
* Illana: E porque os coitadinhos queriam saber sobre mim? Já não bastou terem sido manipulados por mim para que a Lady retornasse?
* Hallherrin: Já chega, cala a boca ae!

Hallherrin avança para a pirâmide, para enfrentar Illana. Illana então, faz alguns movimentos com as mãos, e então, do chão, criaturas que pareciam cães com exoesqueleto metálico, e uma lâmina bastante afiada na ponta de suas caudas, saem para atacar o grupo.

* Elenor: Zangões de novo! Mas dessa vez, será diferente... Nota de Solidão!

As notas tocadas por Elenor saem estrondantes de seu bandolim, envolvendo os zangões a medida em que se aproximam do grupo. Os zangões, então, desaparecem um por um, até todos desaparecerem.

* Illana: Hummmm... Nada mal para uma criança assustada. Você conseguiu me afetar daquela vez com sua música primordial, mas dessa vez, eu voltei mais poderosa... E ei de ficar ainda mais...
* Elenor: Já lhe destruimos uma vez, faremos isso de novo!
* Illana: Discordo...

Um tentáculo negro sai de Illana, golpeando Elenor. Elenor levanta, meio tonto. Enquanto isso, Hallherrin é visto vindo de cima para acertar Illana com sua espada. Pórem, outro tentáculo negro aparece, bloqueando a investida de Hallherrin. Eldred, então, transforma-se em urso, e também investe contra Illana. Um terceiro tentáculo aparece, bloqueando o caminho de Eldred, que luta para trespassá-lo. Karvos tenta manter a todo custo Saiyd fora do alcance de Illana.

* Illana: Ei, eu lembrava de tê-lo mandado para outro lugar... Espere, você não é Nagaika não é? Parece que a outra parte anda mexendo seus pauzinhos também...
* Karvos: Outra parte...?

Illana então, conseguindo manter afastados Hallherrin, Eldred e Elenor, vai em direção a Karvos.

* Illana: Sua aura... Parece muito com a dele... Mas a energia dele, está comigo ainda... Se eu eliminá-lo aqui e agora, é provável que ele não possa mais retornar para esse mundo... Pois não haverá como fazer a troca... Começo a entender os planos...

Um quarto tentáculo surge, e este é usado por Illana para atacar Karvos e Saiyd. Pórem, o tentáculo é cortado por um feixe de luz, vindo do alto. Todo o grupo volta sua atenção para o alto, inclusive Illana. Pairando sobre o ar, um ser humanóide, alto, trajando apenas uma roupa justa, quase como uma segunda pele, possuindo também uma espada de cristal, que ele, inclusive, não a toca, desce para ficar mais próximo ao chão. Pórem, seus pés não o tocam, na verdade, é quase como se o chão evitasse tocar esse homem.

* Elenor: Jabez!
* Jabez: ♪ Olhos de Ááááááááguia, fritam coêêêêêlhos, Fogo de Palha! ♪
* Illana: Esse homem... Parece que as coisas se complicarão um pouco...

Illana então, toma a forma de uma lula colossal, passando inclusive da altura da pirâmide. Seus tentáculos golpeam o grupo, mas a maior parte do dano é evitado. Jabez usa novamente a espada, e corta mais dois tentáculos.

* Illana: Esse homem e o anão, juntos, ainda são demais para mim... Preciso de mais energia...

Illana cospe uma nuvem negra, cobrindo todo o ambiente.

* Elenor: Ela vai tentar fugir de novo, não deixem.
* Eldred: Eu cuido disso.

Um ciclone é formado pela magia de Eldred, dissipando a nuvem negra. Pórem, ela permaneceu tempo suficiente para Illana escapar novamente.

* Eldred: Droga, não foi o suficiente...
* Hallherrin: Relaxe, pelo menos tá todo mundo bem agora...
* Elenor: Ela falou que tava entendendo os planos... De quem?
* Hallherrin: Dá pra saber ainda não...

Eldred então, nota que o corpo de Saiyd está bem, mas sozinho.

* Eldred: Pessoal, cadê o outro Nagaika!?





PRÓXIMO CAPÍTULO: EFEITO BORBOLETA

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Eclipse

Chegando à base da pirâmide, já pela manhã, Saiyd desfaz a magia de invocação das montarias fantasmagóricas. O grupo começa então a subir uma imensa escadaria que circunda a pirâmide, até chegar a uma entrada na face sul, aproximadamente na metade da altura da mesma. Na entrada, dois sacerdotes guardam o templo, trajados semelhante a Saiyd. Um deles ia interceptar o grupo, mas ao ver Saiyd com eles, o guarda os deixa passar, desde que cada um deixe na entrada uma quantia simbólica de ouro. Elenor, que havia conseguido algumas moedas de ouro na taverna Serpente de Sangue em Tapista, as deixa na entrada, como pagamento por todo o grupo. É então, que o grupo finalmente adentra ao templo.
O templo exibe em seu interior vários quadros, em molduras de ouro, assim como vasos e outras ornamentações. Não se vê muita movimentação dentro do templo.

* Saiyd: Estranho... Os clérigos de Azgher só saem do templo em missões importantes, ou para buscar ouro para fundir magicamente ao símbolo sagrado do templo...
* Eldred: Lugar bonito...

Andando por mais algumas câmaras, o grupo é abordado por um outro sacerdote.

* Sacerdote: O que desejam no templo d'Aquele-que-tudo-vê?
* Saiyd: Desejamos uma reunião de urgência com os sumo-sacerdotes.
* Sacerdote: E que assunto desejam tratar nessa reunião?
* Saiyd: O retorno da Lady dos Pesadelos.
* Sacerdote: Pois bem, aguardem, prepararei os irmãos para recebê-los.

O sacerdote sai por uma porta a esquerda do grupo.

* Hallherrin: Que pantinho da gota pra falar com os sumo-sacerdotes...
* Saiyd: São os procedimentos daqui caro Hallherrin, por favor, entenda...
* Hallherrin: Tá dando fome... Ainda bem que daqui a pouco é hora de almoçar.

O sacerdote então, retorna para o encontro do grupo.

* Sacerdote: Por favor, entrem, eles irão recebê-los.

O grupo então entra pela porta que o sacerdote havia saído. Após um curto corredor, o grupo se encontra em um grande salão, com vários assentos ao longo dele, e mais a frente, um altar, onde duas figuras humanóides os observam. Saiyd avança em direção a eles, até chegar próximo ao altar, e reverenciá-los. O grupo então, faz o mesmo, apesar da relutância de Hallherrin e Eldred de se curvar.

* Saiyd: Obrigado por nos receberem.
* Raz-Al-Ballinn: O que traz de notícia...
* Raz-Al-Baddinn: ...Ao nosso templo sagrado?
* Saiyd: A situação está pior do que se imaginava... A Lady realmente voltou, e para piorar, mandou um dos nossos para algum lugar desconhecido, pelo menos é nisso que eu acredito...
* Raz-Al-Ballinn: Por que tu achas que...
* Raz-Al-Baddinn: ...Esse dos nossos ainda vive?
* Saiyd: Normalmente, quando um dos nossos morre, nossos espíritos vão ao plano de Azgher, Solaris... O espírito de Nagaika não se encontra por lá, assim como também não está nesse plano material... Por isso eu acredito que ele foi parar em algum outro lugar, ao invés de ter morrido.
* Raz-Al-Ballinn: A Lady pode ter usado seus poderes...
* Raz-Al-Baddinn: ...Para aprisionar o espírito de nosso companheiro.
* Saiyd: Eu pensei nessa possibilidade, mas algo estranho ocorreu... Faz alguns dias, encontramos esse jovem, seu nome é Karvos. Ele diz vir de um lugar chamado Cormyr. Ele apareceu trajando os pertences de Nagaika, e sua aura e aparência são praticamente idênticas as dele. Coincidência ou não, ele apareceu na cidade de Tapista, por obra de uma magia de teleporte mal-sucedida, no mesmo dia em que Nagaika desapareceu.
* Raz-Al-Ballinn: Isso já aconteceu uma...
* Raz-Al-Baddinn: ...Vez a muito tempo...
* Raz-Al-Ballinn: A Lady...

Os irmãos são interrompidos por um tremor. De repente, tornam-se fogo vivo, para depois desaparecerem sem deixar vestígios. Os tremores aumentam, e o grupo corre então para fora do templo, para caso o templo venha abaixo, não serem soterrados. O grupo olha ao redor, a procura de algum lugar seguro. É então que se vê que o grande símbolo do sol, feito de ouro, que a pirâmide ostentava, torna-se pedra pólida. O céu começa então a escurecer. Porém, não é o sol que está sumindo. O sol, antes brilhante como o próprio ouro, exibe agora chamas negras em sua composição.

* Saiyd: Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhh!

Saiyd grita, parece que uma dor sem tamanho reside em seu braço esquerdo. Ele arranca com furor as proteções de seus braços, na tentativa de aliviar aquela queimação. Após tiradas, vê-se que uma figura brilha como brasa e que marca seu braço esquerdo. Parece a cabeça de uma maça, vista de cima, assemelhando-se ao sol. Em seu redor, palavras na antiga linguagem do fogo podem ser vistas, brilhando também como brasas.

* Saiyd: Amaunator...

Um por um, os outros sacerdotes que haviam no templo, viram chamas e somem, como aconteceu com os irmãos Raz-Al-Ballinn e Raz-Al-Baddinn, restando apenas Saiyd.

* Saiyd: O que foi tudo isso? Sinto-me... Estranho...
* Elenor: Estranho como senhor Saiyd?
* Saiyd: Me sinto... Humano de novo...





PRÓXIMO CAPÍTULO: O GAROTO QUE PODIA VOAR

sábado, 3 de dezembro de 2011

O Ataque Dos Vermes Malditos

* Kelskan: Bem, aqui está um suprimento para o grupo para essa viagem, considerem como gratidão pelo espetáculo na arena... Ela será reconstruída e reforçada, para que os próximos torneios tenham um nível igual ou superior a minha luta com Hallherrin.
* Elenor: Obrigado senhor Kelskan, será muito bem aproveitado.
* Saiyd: Estamos partindo então, terá notícias nossas...
* Kelskan: Bom ouvir isso...
* Hallherrin: Na próxima, vou fazer esse minotauro de cabritinha...
* Kelskan: Sonha...
* Eldred: Vamos logo, só temos 5 dias!
* Karvos: Azgher... Onde diabos eu vim parar!?

O grupo então despede-se do sumo-sacerdote e da cidade de Tapista, dirigindo-se então para a saída nordeste da cidade, para enfim se aventurar pelo Deserto da Perdição.

* Saiyd: Se formos andando, corremos o risco de não dar tempo de Eldred reaver seus poderes... Vamos ver...

Saiyd então, começa a realizar alguns gestos e pronunciar algumas palavras. Terminado todas essas coisas, uma emanação de energia se manisfesta no corpo de Saiyd, para depois tomar a forma de uma roda de energia, onde, após alguns segundos, surgem três cavalos. Porém, não são cavalos comuns, pois, suas patas se tornam translucidas a medida que se aproximam do chão, além de ser notório que eles não o tocam.

* Elenor: Montarias Fantasmagóricas!? Deu uma nostalgia agora, esse fato de não tocarem o chão lembrou-me do senhor Jabez... Temos que encontrá-lo, para termos o grupo completo novamente... Além dele, nunca mais tive notícias da Sylph...
* Hallherrin: Nem eu...
* Saiyd: Essa eu não conheço... Bem, montemos então, Hallherrin vai em um cavalo, Eldred e Karvos em outro, Elenor, por ser menor, vem comigo...

O grupo então inicia sua viagem. O primeiro dia de viagem pelo deserto transcorre tranquilo. A noite, o grupo monta acampamento, revivendo nostalgicamente suas aventuras passadas.

* Eldred: ...Aí eu finalmente encontrei uma vespa no deserto, então eu a peguei e rumei em direção a boca daquele verme púrpura... Entrei no monstro, conjurei a magia e bam! Tinhamos agora carne de verme púrpura pra churrasco!
* Hallherrin: E aquela vez que o Nagaika estava cego e conseguiu cegar aquele dragão negro com uma funda!?
* Saiyd: É, eu me lembro... Algum tempo depois, eu me sacrifiquei...
* Elenor: ...
* Eldred: ...
* Hallherrin: Eita, foi mal, tinha me esquecido disso...
* Saiyd: Não tem problema, foi necessário...

Karvos passa a noite toda apenas ouvindo as histórias fantásticas que são contadas. Então, após mais algumas conversas, o grupo finalmente vai dormir.
No segundo dia, Saiyd inicia suas preces, para depois, junto com Elenor, preparar o café da manhã.
Todos saciados, Saiyd então conjura novamente a magia, e outra vez, três cavalos surgem novamente.

* Saiyd: Com a velocidade que esses cavalos deslocam, chegaremos no templo ao final do dia de amanhã... Vamos?

Montados, seguem peregrinando pelo deserto.
Subitamente, o grupo é atacado, por algo saindo debaixo da areia. Todos caem dos cavalos, sem danos agravantes, mas Hallherrin acaba por cair num campo com areia movediça. É então que o grupo volta atenção para o que os havia atacado. Depois que a areia baixa, uma criatura imensa é vista. Garras e chifres afiados são vistos em suas patas e ao longo de seu corpo, uma longa pele, semelhante a asas, prolonga-se pelos dois lados do seu corpo da cor da própria areia.

* Saiyd: Droga... Um dragão de areia... E um dos grandes.
* Hallherrin: Alguém vai me ajudar a sair daqui pra eu dar um trato nesse bicho!?

Eldred tenta correr ao auxílio de Hallherrin, mas o dragão põe-se em seu caminho. O dragão então, urra para o grupo, que é então cercado por um tufão de areia.

* Elenor: Isso é... Forte demais...
* Saiyd: Aguente Elenor! Temos que... Achá-lo e atacá-lo.
* Eldred: Esse bicho é pior que o verme púrpura...

O dragão prefere ignorar Hallherrin por enquanto, e começa a atacar o resto do grupo de fora para dentro do tufão. O dragão mergulha no tufão, mesmo sem ver exatamente aonde está golpeando. Acerta uma patada em Elenor, que é arremessado, mas que continua consciente e dentro do tufão de areia. Após o ataque, o dragão agilmente se enterra na areia, onde Hallherrin do lado de fora o vê saindo por outro lado do tufão, para depois mergulhar novamente para o ataque. Eldred é atingido dessa vez, mas o golpe não pegou em cheio.

* Eldred: Fica difícil acertá-lo...
* Karvos: Vou tentar acertá-lo, para que vocês possam vê-lo.

Karvos então, entra em uma postura de combate que até então, o grupo só havia visto a muito tempo, com o irmão de Elenor, Richard.
O dragão investe contra o grupo mais uma vez, é então que Karvos gira sua corrente, acertando as patas do monstro, de maneira a fazê-lo cair. Eldred então, conjura uma esfera flamenjante sobre o dragão, mas quando está próximo de atingí-lo, uma parede de areia se forma entre o ataque e o monstro.

* Eldred: Tá ficando chato já...
* Karvos: Corrente Trovão!

A correte de Karvos alonga-se, indo em ataque ao dragão, carregando uma descarga elétrica. A corrente perfura a barreira de areia, acertando o monstro, que sente o golpe. O dragão então, lança uma baforada de areia sobre Karvos, que tenta se proteger como pode com sua corrente. A areia que consegue passar queima sua pele, mas a proteção conseguiu evitar a maior parte do dano.
Eldred então, torna-se um falcão, e voa em direção ao monstro.

* Eldred: Acho que eu tenho a solução... Fiquem tranquilos.
* Saiyd: O que ele pretende fazer agora...?

Eldred voa em direção a boca do monstro. O dragão o abocanha, e Eldred some por entre as presas do monstro.

* Elenor: Tome isso! Nênia da Perda Gélida!

Uma rajada congelante sai por entre o dedilhar de Elenor em seu bandolim, atingindo o dragão. O dragão então, se prepara para soltar outra baforada, mas algo estranho ocorre. O dragão explode de dentro para fora, surgindo dele três elementais da água enormes, além do Eldred, todo molhado.

* Eldred: Nada melhor no deserto do que água para matar a sede...
* Hallherrin: De novo essa macacada!?
* Eldred: Um clássico sempre será um clássico... Só foi... Atualizado.
* Karvos: Deixe que eu o ajudo anão...

Karvos usa sua corrente para ajudar Hallherrin a sair da areia movediça. O tufão começa a desaparecer, ao mesmo tempo em que Eldred desfaz a invocação dos elementais.
Passadas mais uma noite em acampamento, o terceiro e último dia de viagem transcorre tranquilo, até que finalmente, eles avistam o templo de Azgher. Uma pirâmide gigantesca, com um enorme símbolo dourado em forma de sol em seu vértice.

* Saiyd: Vamos ver se os irmãos podem nos ajudar...





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