sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

O Último Samurai

O ferimento no peito de Jabez começa a se fechar. Sua posição permanece inerte, assim como o globo de energia que o cerca.
A espada sai do globo, circundando agora Jabez por fora dele.

* Nagaika: Essa espada... Será aquela que aquele ser com runas brilhantes na cabeça falava...?

Uma energia vermelha começa então a emanar de Jabez. Ela começa a tomar forma fora do globo de energia. Em instantes, um ser flutuante, de cabelos bagunçados e trajando uma roupa justa, quase como uma pele, se forma por completo.

* Elenor: Senhor Jabez?
* Zebaj: ♪ Não te confundas, jovem humano, eis aqui um que não foi tomado pelo poder desse mundo profano... ♪
* Hallherrin: Se a ferida se fechou e tu saiu dele, tu deve ser a parte ruim que tava controlando ele, né não?

Hallherrin, empunhando mais uma vez a espada, começa a andar em direção a Zebaj.

* Zebaj: ♪ Engana-tes tu, ó anão desprevenido, pois não há mal algum em nenhum desses corpos que antes estavam unidos! Jabez e eu somos agora partes de um poder maior, que unidos não podíamos conviver, mas agora, separados, poderemos evitar o pior! Chamo-me Zebaj, filho do Espaço, enquanto Jabez, descendente do Tempo, está a lutar mentalmente, pra livrar-se de um fiasco! ♪
* Elenor: Tempo e... Espaço!?
* Saiyd: Não... Pode ser...
* Zebaj: ♪ Não te preocupes, pois Jabez logo despertará! Apressem-se para salvar aqueles que estimam, e para com essa força sombria, acabar! Irei agora procurar o lugar que é de direito meu e dele, e garanto que, Jabez os procurará, quando aquilo que o perturba, seja eliminado nele! ♪
* Eldred: Mais que coisa mais absurda...
* Hallherrin: Essa história tá muito estranha...
* Nagaika: E a espada?

Nesse instante, a espada volta para dentro do globo novamente, circundando Jabez.

* Zebaj: ♪ Jabez saberá usá-la, quando o tempo chegar... Eu não tenho espaço para manuseá-la, mas hei de encontrar... Um momento chegará, em que nos uniremos novamente, para uma nova realidade criar... Mas enquanto esse momento não chegar, enviarei vocês de volta para Arton, para seus problemas solucionar... Eu buscarei minhas próprias ambições, que de Jabez também hão de ser, para que, no fim, nosso reencontro possa acontecer. ♪

Um brilho toma conta daquela parte do Abismo. Cessado, o grupo se vê em frente novamente ao que um dia foi o templo de Azgher. Nem Jabez ou Zebaj estão com eles.

* Saiyd: Aqui estamos novamente...
* Nagaika: O templo... O que houve aqui!?

Elenor se prontifica a contar todo o ocorrido para Nagaika, desde o seu desaparecimento.

* Nagaika: Então, temos dois objetivos principais: Deter esse eclipse e quem o está causando, e salvar Mirna. Não percamos mais tempo.
* Elenor: Karvos falou sobre algo em Tamu-ra.
* Wolf: O local é tomado pela Tormenta, será que estamos preparados para isso?
* Eldred: Se a Lady está, nós também estamos!
* Hallherrin: Tormenta de cú é rola!
* Saiyd: Vamos seguindo, então.

O grupo segue rumo a nordeste, em direção a esquecida Tamu-ra, naquele imenso deserto, sem saber exatamente se é dia ou noite, pois o sol negro é a única coisa no céu. Não há sinal da lua, ou das estrelas, apenas ele.

* Eldred: Esperem aí um segundo. Tamu-ra é uma ilha não? Depois do deserto, passaremos por uma cadeia de montanhas, até chegarmos ao litoral próximo a Tamu-ra. É melhor adiantarmos a viagem...

Eldred, contorce-se, e começam então a aparecer penas na superfície de sua pele. Seu corpo aumenta drasticamente de tamanho, fazendo ainda mais sombra do que já havia, por causa do sol sombrio. Terminada a transformação, Eldred agora toma a forma de um pássaro-roca.

* Eldred: Assim, adiantaremos a viagem, e evitaremos qualquer conflito terrestre.
* Wolf: Boa!
* Elenor: Vamos logo, então!

Todos se acomodam nas costas do druida, agora transformado. Eldred diz antes que, a transformação durará algumas horas, e que, antes de terminar, pousará para o grupo montar acampamento e descansar.
Todos preparados, então, seguem viagem. O vôo é tranquilo. Após mais de meio dia de viagem, eles rapidamente passam pelo Deserto da Perdição, começando a sobrevoar agora, as Montanhas Sanguinárias. Eldred começa a voar próximo às montanhas.

* Eldred: Pararemos para repousar no litoral, se não se importarem. Lá descansaremos, para depois, partirmos por mar.

No horizonte, o céu muda, do tom enegrecido para agora um tom mais rubro. Uma tempestade de nuvens avermelhadas pode ser vista nesse horizonte, assim como minúsculas criaturas a pairar no ar. O mar ao seu redor é vermelho como o sangue, voltando ao azul marinho a medida que se aproxima do litoral onde o grupo está para pousar.

* Elenor: É seguro ficarmos aqui?
* Eldred: Vamos preparar alguns alarmes...
* Hallherrin: Precisa não, eu fico de guarda!
* Saiyd: Antes que eu me esqueça...
* Hallherrin: O quê homi!?

Saiyd aproxima-se de Hallherrin. Ele então, toca seu ombro esquerdo. O braço de Hallherrin, que havia sido decepado, começa então a se regenerar.

* Hallherrin: Ah tá, até eu tinha esquecido disso...

O grupo, então, monta acampamento. Após comerem, todos vão, enfim, descansar, exceto Hallherrin, que insistiu em ficar de guarda.
Após algumas horas de guarda, o silêncio é quebrado, com sons de rastejo.

* Hallherrin: Que besta fubana tá ae!?

Da escuridão, um ser, trajando uma armadura oriental, parecida ser feita de bambu, aparece. Ele está empunhando uma katana, com as duas mãos. Em sua cintura, uma espada menor pode ser vista, na bainha. Apesar da armadura e da espada mostrarem uma beleza impecável, muito trabalhada ambas, seu dono não exibe a mesma qualidade de beleza. Sua pele parece desgastada, envelhecida, quase pútrida. Seus olhos puxados, estão cercados por olheiras negras. Se não fosse pela postura adotada pelo ser, poderia ser facilmente confundido com um zumbi.

* Hallherrin: Porrééssa!?





PRÓXIMO CAPÍTULO: GISAKU E A CHAVE DO TEMPO

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