terça-feira, 29 de novembro de 2011

A Outra Face

Eldred mostra o corpo , agora desacordado, de quem ele havia encontrado. Um ar de desconfiança misturado com surpresa toma conta de todos que estavam ali presentes. Kelskan, que já havia se recuperado de sua luta com Hallherrin, vai de encontro àquela situação.

* Kelskan: Afastem-se! Diga-me meio-elfo, enquanto eu reanimo esse jovem, o que aconteceu.

Eldred começa então a relatar o que havia acontecido desde que começou a missão de recuperar o javali aquela manhã, até que lembra finalmente que o fazendeiro havia prometido uma recompensa...

* Eldred: Aaaaaaaaa... Deixa que depois eu pego... Vamo ver como o Nagaika está primeiro.

Eldred continua seu relato, terminando enfim com a aparição de Razlen e sua explicação sobre a decima segunda tarefa.
Kelskan então, termina de conjurar uma magia, aparentemente uma magia de cura, que faz com que o jovem aos poucos comece a despertar.

* Elenor: A magia da Illana deve ter feito isso ao senhor Nagaika... Seu tom de pele e cabelos mudou, mas não há dúvidas de que seja ele...
* Hallherrin: Já tavamos tentando lhe achar pequeno... Ainda bem que você tá salvo. Falta só colocar aquela vagabunda no inferno de novo...

O jovem, então, com consciência já recuperada, mostra-se assustado ao ver tantas pessoas desconhecidas ao seu redor, saltando para fora da roda de pessoas que o haviam cercado, e colocando-se em posição de ataque.
O jovem, apesar de aparência e trajes semelhantes aos de Nagaika, utilizava-se de uma corrente com cravos, diferentemente de Nagaika que portava sempre dois kukris para eventuais confrontos.

* Elenor: Calma senhor Nagaika, somos nós, não nos reconhece...
* Saiyd: Sem dúvida, a aparência é praticamente a mesma, apesar do cabelo e da pele... A aura inclusive, é idêntica, mas há algo que eu não consigo identificar ainda o que é, que o difere do nosso amigo Nagaika... Jovem, não estamos aqui para machucá-lo... Por favor, diga como se chama?

O jovem, apesar de ainda desconfiado, baixa a arma em punho, então, gaguejando um pouco por causa da timidez, responde.

* Karvos: Me-meu nome é Karvos... Karvos Kor Etkon...
* Saiyd: Bom, prazer Karvos. Você lembra de algo estranho que se passou nessa última semana?

O jovem então, parecendo exausto, senta, e começa a relatar um pouco da sua história.

* Karvos: Bem, lembro-me de ter acabado com um leão atroz, junto com Tilla Montilla, uma mulher que não tinha nada de feminina, mas que era muito boa em lutas, enquanto o anão Dorin Duro na Queda, não tão bom em lutas apesar dele achar isso, protegia o nosso companheiro pequenino Milo Brishgater e nosso outro amigo Marx Burkinson... Lembro também que Milo havia encontrado um pergaminho de teletransporte, e que, como estavamos longe de casa, ele resolveu usa-lo para encurtar a viagem... Foi aí que acredito ter dado algo errado, pois quando me dei conta, estava naquela floresta fora dessa cidade... Creio que faça uns três dias que eu estou aqui... Me falaram que essa cidade chama-se Tapista, mas não me recordo de ter passado por nenhuma cidade com esse nome em Faerun...
* Elenor: Faerun!?
* Karvos: Sim, sou da cidade de Cormyr, e havia me reunido com o grupo que eu citei em Sembia...
* Hallherrin: Perae, tu disse que um deles era um pequenino, era uma fada ou algo do mermo tamanho?
* Karvos: Não não, Milo era um halfling, sem dúvidas...
* Hallherrin: Então por que o chamou de pequenino, se tu é a merma coisa!?
* Karvos: Mas eu não sou um halfling, sou um humano... E vocês são, visivelmente, gigantes!
* Elenor: Caro senhor Karvos, creio que o senhor deveria dar uma olhada para si antes de nos acusar de gigantes... O senhor é, de fato, um halfling...

Karvos então nota que é ele que tem estatura abaixo da média humana, e suas características corporais são, de fato, as mesma de um halfling.

* Karvos: Mas o que é isso!? Algo realmente deu muito errado naquele teletransporte!
* Saiyd: Você disse que chegou aqui a três dias?
* Karvos: Sim, acredito que sim...
* Saiyd: Foi quando a Lady ressurgiu... Não pode ser coincidência...

Nesse momento, Karvos vira-se para Eldred, o cumprimentando.

* Karvos: Obrigado! Creio que estejamos quites agora...
* Eldred: Quites!?
* Karvos: Sim... Você não acha que aquela corda surgiu do nada quando você caiu naquela armadilha né?
* Eldred: Então foi você...
* Karvos: Sim... Poderia devolvê-la?
* Eldred: Devolver o quê!?
* Karvos: A corda senhor...
* Eldred: A sim, claro... Tome...

Karvos então, volta sua atenção novamente a Saiyd, Hallherrin e Elenor.

* Karvos: Digam-me, onde posso encontrar um templo de Kossuth por aqui? Espero que lá alguém saiba resolver essa minha questão...
* Elenor: O que é Kossuth?
* Karvos: Ora o que é, é o Deus Elemental do Fogo oras! Não sou um fiel devoto, mas admiro suas ideias de renovação pela destruição do que é velho e ruim...
* Hallherrin: Nunca ouvi falar desse doido...
* Elenor: Realmente, o senhor parece ser de muito longe...

Karvos para um instante e nota o símbolo do sol em suas trajes...

* Karvos: Essas vestimentas... Não são as minhas... Por que diabos estou carregando o símbolo de Lathander?
* Elenor: Esse símbolo pertence a Azgher, o Deus do Sol...
* Karvos: Não, Deus do Sol é Lathander...

Saiyd interrompe os dois.

* Saiyd: Karvos, estamos a procura de um amigo nosso, que se parece muito com você. Se puder nos acompanhar, acho que poderemos solucionar tanto os seus problemas, quanto os nossos...
* Kelskan: E para onde vocês pretendem ir agora?
* Saiyd: Encontramos várias coisas que procuravamos, como os poderes de Eldred e o possível paradeiro de Nagaika, mas outras dúvidas acabaram surgindo no caminho, e preciso sana-las...
* Elenor: E como faremos isso senhor Saiyd?
* Saiyd: Eu não sei ainda, mas conheço alguém que talvez saiba... Cinco dias você disse que tinha, não foi Eldred?
* Eldred: Exato. Cinco dias.
* Saiyd: Deve ser o suficiente para acharmos as respostas que procuramos, e você recuperar de vez seus poderes.
* Hallherrin: E quem é que você conhece que poderá nos ajudar?
* Saiyd: Os irmãos Raz-Al-Ballinnn e Raz-Al-Baddinn, os sumo-sacerdotes de Azgher. Arrumem-se, estamos indo para o Deserto da Perdição!





PRÓXIMO CAPÍTULO: O ATAQUE DOS VERMES MALDITOS.

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