sábado, 6 de agosto de 2011

Eu queria...

Sabe, olho em volta. Busco palavras que possam te dar a certeza do que eu digo, que te façam acreditar no meu amor. Mas não encontro nada suficientemente bom.
Eu queria... Eu queria te dar mais do que eu alcanço. Todas as cores ainda sem nome. Todas as estrelas que não dá pra ver do céu. Queria te dar um sonho, uma razão a mais para sorrir.
Queria te dar uma coisa impossível de tocar, que não caiba na palma da mão, que fosse forte, dessas coisas que o vento não leva.
Queria te dar algo que não se desgastasse com o tempo.
Eu queria te dar a euforia do carnaval e a calmaria de um feriado perdido no meio da semana, juntas, de uma só vez.
Queria de dar as emoções que cabem num suspiro de prazer. Queria te dar o calor que trago no meu corpo, um abraço que deixasse marcas através dos anos, um beijo cujo sabor se arrastasse eternamente.
Queria te dar todos os sonetos lindos que ainda não recitei, todas as palavras doces que ainda não te falei. Queria te dar um balanço de rede no fim da tarde, o gosto de fruta doce recém colhida do pé.
Queria te dar as estações do ano para você escolher quando acordasse. Queria te dar uma cabana numa praia deserta, um chalé numa montanha alta.
Eu queria te dar um sentimento sem convenções, sem hora marcada, sem data, sem regras quaisquer. Um sentimento sem amarras, sem limites, sem tamanho, daqueles que não cabe no corpo, que trasborda pelos poros, que explode a cada encontro, repetidamente e sempre.
Eu queria te dar um domingo sem tédio. Queria te dar o som da chuva no telhado para fazer melodia enquanto você dorme, o cheiro do café para te despertar pela manhã.
Queria te dar o encontro entre o céu e o mar, o horizonte.
Eu queria te dar um sorriso diferente para cada hora do dia. Queria te dar todos os mitos, todos os credos. Toda a esperança de uma sociedade melhor.
Queria te dar o mundo... Mas não o tenho.
Tenho para te dar somente aquilo que trago dentro de mim. E o que trago dentro de mim é o amor que você desperta. Tão puro, doce e imenso que eu mal posso explicar.
E que junto dele carrega todas essas pequenas coisas que descrevi e muito mais.
Muito mais do que cabe nesse blog.
É o que eu tenho e é o que te darei hoje e sempre.

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